sábado, 16 de abril de 2011

O POEMA NÃO PECA
SEDUZ EM INOCÊNCIAS
LOUCAS DO AMOR


[maroon]
O poema não mastiga
instiga seus goles em
verbos e argumentos
dos inventos do poeta.
O poema por exemplo
da saudade, não morde,
embebe o acorde de
seu canto quando ele
canta o encanto da mulher
que sempre quer a palavra
feita e dita na hora certa,
na hora do amar que quebra
o verbo pra não mais falar,
só sentir, respirar quase sem
respirar, como um sufocar
sem sufocar mas sufocando
e dando muito mais do segredo
ativo das revelações de não se
conter e logo abraçar, talvez
beijar, talvez que nada, beijar
mesmo e logo e profundo com
certas desequilibrações do fundo
do mar de nós que molha o oceano
de lá do mundo do amor com essas
águas suorentas limpas amáveis do
nosso olhar desejando nosso olhar
que deseja por sua vez em rasguras
de pele de dedos vorazes desejar
todo o corpo que tiver à tua frente
que será que será que será que será
este meu devorado pelo o teu quase
chegar até à mim e me devorar devorar
devorando devorar devora devorando
todo este meu similar com todo o corpo
do amar com todo o espírito do amar que
não quer mais sair de mim que é de ti e
desse transpirar transpirado pelo enlouquecer
sem parar que não consegue parar e não te
ver mais à distância só dentro só dentro
só dentro desse meu apêlo por tua graça
que fotografa o meu uiiiiii o meu aiiiii o meu
no teu no meu no teu corpo coração luz da
sensualidade que não deprava reluz reluz e
reluz por todos os nossos dias infinitos de amar
devorar devorando-nos a devorar um equilíbrio
que se desequilibra mas sempre se equilibrando
desequilibradamente quase ao cair da cama que
se inflama que se arde que arco-irisa o colchão
em pétalas lá dentro ao invés de penas de aves
que não voam andam sobre nós em intensas
andanças do amar do devorar do cultivar uma
poesia escrita adoravelmente por ti à mim e por
mim ao mundo pra ele também saber amar como
a gente se entrega a este amor em delírios que
se equilibram desequilibradamente e acabou minha
voz mas não findou tua voz e eis que agarro tua
voz pela minha língua que faz contornos loucósmicos
sobre tua boca tua língua que me mingua de tanto
me deixar endoidecidamente doidormindo acordado
e sentindo que há lá fora um novo sol do novo dia!
cansei! cansou? cansei...mas continuo lá pelos
anos novamente de hoje de manhã de tarde de noite
sei lá sei lá sei que te amo muitoooooooooooooooooo...






Hudo Guedes

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