domingo, 26 de junho de 2011

RESPIRAÇÃO N. 2


Ah essa necessidade
que carrego no corpo
insedutor de minha
alma sedutora de mim
mesmo! essa necessidade
de me ter uma mulher que
me afague a pele do meu
corpo espiritualizado no
meu corpo e destinado
parece a sempre sofrer
com essa ausência aflita
que me faz deixar até
de obedecer minha ávida
respiração de exalar sempre
essa obediência às minhas
procuras sem achada sequer
uma gôta de orvalho que me
diga: "eis-te a musa que tanto
procuras, vais e sentes amor
por ela e ela irá o mesmo por ti!"
e o ar me consome, me mergulha
diante uma vertigem do vento
que ainda me assopra aos
solitários espinhos do medo, do
receio de não fazer certo o que
tenho de amor em mim pra dá!
e o meu cheiro de vida lenta me
faz acelerar meus passos em idas
e vindas respirando minhas vontades,
questionando meus desejos, exalando
mais uma vez meus afãs pros colibris
me levarem até esta que irá me fazer
feliz no dia que eu for embora de mim.
Ah essa minha contínua necessidade
sem fim. Ah esse meu medo de amar!
ah esse vento que me assopra os afãs
até fazer chegar a quem queira me amar
assim como os poemas me amam.





Hudo Guedes


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