sábado, 2 de outubro de 2010

ABANDONO

A mágoa retrata bem
o dia a dia como força
ainda do desbem querer,
onde pousa veemente e
posta ao fim dos casais
e seus dissabores explícitos
a ausência atônita e quase
gladiadora de um sentimento
que um dia foi visto e iluminado
pelo sol dos prazeres sem dúvidas
e sem as amarguras das plantas
plantadas no verde jardim matrimonial.
Um dia a fidelidade foi crítica e criticada,
eis que o abandono de um amor eterno
se fez cruz erguida pelos olhos da dor.
E os casais não se beijaram mais com
aquele ar de fraternidade nas paixões.
O vínculo foi gritado pelos filhos em
acordo sem definição por suas mentes
despertadas pela ação morna de quem
não sabe mais amar e nem distribuir amor
pelos corais marítimos deste chôro lamúrico
do pássaro que não sabe voar e nunca sobe
voar porque seu võo é uma pedra fincada
entre rosas e espinhos que podem dar a sua
direção exata para definitivos sonhos das
puras liberdades que outros pássaros trarão
de seus võos reais, fortes e altos um alçar viril
que me levará pra bem longe daqui.


Hudo Guedes

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