quinta-feira, 17 de julho de 2014

A TCHECA VOLUPTUOSA
Louco verso transcendental
que salta a imaginação
do leito em que dormem
eu e essa
que tanto volupia meus desejos.
Mirasvina,
rubra, céptica e platônica,
como a lei vermelha
da sensualidade veemente.
Mirasvina,
a mão de sangue branda e bolchevista
sobre os seios dessa volupiação.
Mirasvina,
tonta e surda e lenta e bela...
louco verso de amor transcendental
que salta de minha imaginação
à margem da sedução de Mirasvina bela,
à margem do frenesi de Mirasvina lenta,
sugando os comboios de minha pele surda
pela zuada tonta e rúbida da aceleração
dos nosso corpos nus, incendiando os capins
dos colchões amordaçados pelos porões
de nossos loucos e transcendentais espíritos.
Hudo Guedes

Nenhum comentário:

Postar um comentário