domingo, 18 de julho de 2010

...sabe minha solidão,
amo-te, e sei que tu
não me fazes mal nenhum.
Tu és assim como os pássaros,
sôltos e arejados pelos ventos
que limpam algumas lágrimas
que aqui nos olhos possam cair;
és uma pura paixão que me move
a vontade grande de ser livre
e está alçado em võos hiantes, líricos
espaçonávicos nesta dimensão
que me fragmenta a alma pro
corpo acolher e soltar pelo mundo
inteiro tuas formas inofensivas como
sementes de fazer poesia num canto
perdido, mas achado por mim, que sou
teu eterno amante procurado sempre
pelas coisas boas do amor pra dar...

não sofro contigo, junto à ti até sorrio,
porque sei sorrir mesmo tu me dominando
pra eu não saber chorar...e vou assim te
levando em mim e aprendendo contigo
muito mais em querer te amar amando
à mim e à todos...

A solidão pra mim é isso, paixão, jamais
um sofrimento mórbido que sacrifica, que
amordaça, que faz sofrer e matar...ela me
faz se inspirar de coisas sobre a paz, a ternura,
o encanto das musas, a palavra na hora certa
e inesperadamente; a solidão é uma grandeza
que cabe em mim com as sobras necessárias
dessa beleza gigantesca do amor e da poesia.

...Não há de maneira alguma acordo aqui com
minha solidão, somos livres para amarmo-nos,
eis que se tornam deliciosos e irremediáveis o carinho
e o amor que a gente trata um com o outro...

A solidão não faz mal nenhum a ninguém, basta
tratá-la com afeto e gratidão pelo fato dela poder
existir em nós como única forma da gente saber
que sempre pode ser através dela que possamos
refletir bem a vida e conversar horas e horas com
Deus...


Hudo Guedes

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