quarta-feira, 28 de julho de 2010

VERSOS

Manhã se vai!
visto meu olhar
da noturnidade
desse meio-dia,
mesmo com o olhar
do sol sobre mim.
Escrevo sobre mim
páginas vermelhas
das lágrimas que eu
não me dispus a chorar
porque segurei com as
mãos leves da alegria e
desse amor que sempre
está a lembrar-me com
seu coração esquecido
as ditas lágrimas que chorei.
Derramo ar puro sobre a seiva
das vontades de verter
manhãs sobre lentes turvas
que desaparecem quando
avisto no arrebol de minhas serras
desamparadas outras manhãs a
te esperar aqui feito a última nuvem
que derramará do céu chuvas de vértebras
de milhões de orquídeas que nunca lamentaram
tua perda porque deixaram em mim um cheiro
de vida pura e dedicada a um amor belo que se
foi pelas eternidades oculares dos sentimentos
que só vêem e deixam de sentir porque no amor
a gente esquece que a gente existe e passa a
viver só aquele corpo, aquele sonho, aquela
alma e morre-se de amor.

Hudo

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