sábado, 31 de julho de 2010

OVULAR AMOR


Ovula uma estrela
no céu dessa manhã
guardada pela lua
dentro do ventre
da madrugada
que esperou do sol
os últimos orgasmos
para deixar aos poetas
românticos da noite
as cadentes expressões
estelares de um coração
cheio de amor e mais do
que apaixonado, e mais
do que qualquer outra
trombeta arco-irizada
cantando seus versos
entoadamente aos
quatro cantos sonoros
deste universo inteiro
de mim e de ti, dentro
de uma órbita orquestrada
por pássaros que andam
sobre o mar da volúpia
uníssona de meus dedos
nos teus dedos envoltos
aos meus sonhos de carregar
sobre meus dorsos cardíacos
todos os teus bilhetes de amor.
Ainda te amo como marcha de
soldados ruivantes a procura
de todos os silêncios pra guardarem
suas armas luminosas entre os seios
da paz e os abutres calmos do
novo mundo tanto pro nosso amor
quanto pro amor que os séculos
têm pela dinastia bela das estações.
Eu te amo ainda por tudo isso e algo
mais que ainda irá nos completar
dentro desse amado anfíbio que nos
leva e que tem o nome de vida.
Hudo

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