terça-feira, 2 de novembro de 2010



SIM, TOU SOFRENDO
DE UM GRANDE AMOR


Não fiz por onde que
tenha vindo acontecer
esta grande dor, a dor
do amor perdido que
está acontecendo agora!
apenas lhe pedi o amor
a toda hora e a todo instante,
talvez sufocado necessitando
de carinho e atenção lhe pedi
tanto o que eu em nós necessitava
e acabei lhe sufocando também,
porém os sufocos não foram feitos
pra qualquer um que se atreva a
desafiá-los na insistência de suaves
meios de controlar os desejos e fazê-los
tremerem diante da obediência que devemos
ter perante as coisas boas e sagraddas do amar
e ser amado dispondo assim sempre da regulável
convivência entre sí dentro da amplitude sentimental
e organizacional dos relacionamentos amorosos.
O poeta sofre mas teima em ser feliz com alguém
que talvez não se decifra ainda como parte comum
de um envolvimento a vinte séculos que nos dias
de hoje se torna incomum entre a permanência dos
casais em seus vínculos amorosos onde rugem tabus.
Será que vamos conseguir atingir alguma bôda de
alguma coisa requerida pelos aniversários de amor?
Complexidade, dúvidas, receios, distância um do outro
e outras prevenidas e desprevenidas razões andam conosco...
eu e ela já não somos como estrela e lua! converso com
o sol dos assuntos que os retornos sempre têm com as
reconquistas vitoriosas, mas não tenho êxito virtuoso com as
minhas relutantes palavras de amor que não são nem sequer
abraçadas pela lógica da aceitação ou até mesmo pela
grata intuição vertiginosa de "amar o voltar a amar", pois
há de me entontecer eternamente este amor que se tornara
"invasões de coisas boas" no meu coração como sentinelas
a esperarem dos silêncios zuadas vindas de todas as emoções
vividas por mim e por ela ao longo desses vinte anos de amor
distribuídos na realidade dentro das quatro paredes que estão
entre as quatro paredes onde me vejo triste, amando e sozinho.
Não sei o que será de mim e desse amor fracassado, juro que não
sei o que será da flor que teima em muchar agora e deixar uma luz
inteira de aroma de lar feliz pra tráz, não sei, só que choro esta pêrda!
como é ruim a rejeição meu Deus! como é ruim ficar por ficar! como é
ruim saber que não há mais amor nela senhor! onde foi que pecamos
ou onde foi que eu errei? tanto amor que eu a dei e tanto amor que
tenho ainda a ofertá-la! por que os caminhos quando se desencontram
assim fazem um sofrer mais que o outro e o outro a respirar tranquilamente?
Não sei mais o que é o amor! confesso que não sei mais o que é o amor!
só sei de uma coisa dele, dor! meu caminho tá aqui percorrendo em mim
uma ladeira à baixo, um fundo do poço cheio do meu olhar pra baixo à ver
no refletir de sua água enlôdoada algum brilho dessa esperança ainda de
ficar aqui a esperar pela sorte maior dos acontecimentos figurados apenas
no recompor de palavras familiares que tragam ainda pra sí o nosso amor
que está vagando por aí e refletindo se volta ou não volta a esse doce lar
dos filhos que estão envolvidos e que juntos à Deus são ainda a maior
e melhor forma do grande e lindo reencontro, o reencontro de um grande
amor que se perdeu nas curvas dos ventos por causa do desamar. Mas ainda
tou aqui vivo pra contar essa história das grandes convivências relacionais
entre casais que souberam amarem-se e porventura ainda tão a saberem
que amar é bom demais, basta aceitar as "velhas condições do amor sobre
as lideranças anônimas dos casais" que são amar de verdade, querer o bem
de um ao outro, respeitar um ao outro, confortar, assegurar um ao outro,
nutrir opiniões nutrindo razões em uniões diárias, fazer valer assim a ampla
condição de amar um ao outro como Deus há de amar sempre o amor dos
casais que Lhe juram amor eterno e do amor eterno viverei assim, amando.


Hudo Guedes

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