terça-feira, 24 de agosto de 2010

ELOS

Hoje aqui a tarde brilha.

Sol meio suave por causa

da leveza do olhar mágico

do pensamento em se ter

agora uma tarde levemente

árdua e equilibrada pelas

sensações do grande bem estar

da alma que veio da manhã.

E o corpo adormece nela

que tece um fio de vontade

na múltipla ânsia de poder

se vestir do mel das abelhas

elétricas de minha mansidão.

A chuva hoje se foi pra outro

lugar talvez distante daqui.

Choveu muito ontem e me fez

brotar uma flor no alagadiço

dessa ternura quase esquecida

por ti que não me vem abraçar

este colo calado que abriga

meu doce coração da vida.

Deito sobre a luva

do avoar de sonhos

o ego das palavras

que a realidade dos profetas

me transmitiu entre centelhas

agrestianas dos arco-íris

as felicidades que ainda

estão advindas nos teus

sonhos de mulher unicamente

feita para corações poetas.

Por isso que a tarde agora

e nesse instante está bela,

calma e translúcida

nesse fevor borbulhante

que me traz teu hálito feminístico

ao pomar rosáceo das saudades.

( Hudo Guedes )

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